Língua-ovo

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Na história dos estudos linguístico-gramaticais, ocorreram vários processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização, até que chegássemos, enfim, aos modos de existência tecnológicos utilizados em nossas escolas para o ensino de gramática.
Houve inicialmente a desterritorialização da gramática enquanto objeto técnico, com sua posterior reterritorialização em seus modos normativos e prescritivos; após esses movimentos e com a territorialização da normatividade gramatical sendo utilizada por vários séculos, houve a desterritorialização da gramática normativa e a reterritorialização da gramática descritiva associada a ideias da linguística; e, hoje, tem-se a desterritorialização dessas gramáticas e a reterritorialização de outras teorias linguísticas enquanto tecnologias, com a persistência da desterritorialização da tecnicidade gramatical.
Este texto trata da dimensão pré-individual da experimentação linguística, ou seja, da língua-ovo, dimensão singular e múltipla, anterior a qualquer individuação técnica ou tecnológica.
Ora, técnica é técnica; tecnologia, tecnologia; e língua-ovo, potência da materialidade vital. Donde surge a necessidade da aprendizagem transdutiva como processo relacional de experimentações linguístico-gramaticais, considerando primeiramente a língua-ovo e, depois, por transduções, as experimentações com gramáticas coletivas – a da família, a da rua, a da escola e as outras com as quais a criança tenha contato.

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Na história dos estudos linguístico-gramaticais, ocorreram vários processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização, até que chegássemos, enfim, aos modos de existência tecnológicos utilizados em nossas escolas para o ensino de gramática.
Houve inicialmente a desterritorialização da gramática enquanto objeto técnico, com sua posterior reterritorialização em seus modos normativos e prescritivos; após esses movimentos e com a territorialização da normatividade gramatical sendo utilizada por vários séculos, houve a desterritorialização da gramática normativa e a reterritorialização da gramática descritiva associada a ideias da linguística; e, hoje, tem-se a desterritorialização dessas gramáticas e a reterritorialização de outras teorias linguísticas enquanto tecnologias, com a persistência da desterritorialização da tecnicidade gramatical.
Este texto trata da dimensão pré-individual da experimentação linguística, ou seja, da língua-ovo, dimensão singular e múltipla, anterior a qualquer individuação técnica ou tecnológica.
Ora, técnica é técnica; tecnologia, tecnologia; e língua-ovo, potência da materialidade vital. Donde surge a necessidade da aprendizagem transdutiva como processo relacional de experimentações linguístico-gramaticais, considerando primeiramente a língua-ovo e, depois, por transduções, as experimentações com gramáticas coletivas – a da família, a da rua, a da escola e as outras com as quais a criança tenha contato.